sexta-feira, maio 31, 2013

AC/DC: 40 years of high voltage !!

Olá pessoal!

Angus Young: o eterno colegial do rock pesado
Interessante como os assuntos para as postagens surgem. Nessa última semana encontrei um colega que não via fazia um bom tempo, que coincidentemente mantém um blog rock, sendo assim, claro, falamos das veteranas/jurássicas bandas de classic rock que tanto idolatramos. 
Discutimos os concertos recentes do UFO e do Yes no Rio de Janeiro, o preço abusivo dos ingressos em casas de show locais como o HSBC Arena, Vivo Rio e Citybank Hall, lamentamos a definitiva desativação do Canecão, elogiamos a boa localização, custo e a acústica do Teatro Rival, manifestamos pesar na morte recente (em Março) e repentina do guitar hero Alvin Lee, comentamos sobre os últimos registros do ZZ Top, Rush e Lynyrd Skynyrd, entre outros temas ligados ao rock dos anos 60 e 70. Por fim, exaltamos uma determinada banda que superou a morte de seu frontman Bon Scott, bem como modismos/tendências, a força da FM e a modernidade/tecnologia, sem alterar uma vírgula do seu som original.. estamos nos referindo a hard rock band australiana AC/DC.

Parece que foi ontem, mas já se passaram 40 anos, ou melhor, está completando em 2013 exatos 04 décadas de peso, riffs históricos, vitalidade, letras irônicas e de duplo sentido, uniforme colegial, tudo, logicamente, em alta voltagem.

Contra capa em vinil do clássico Back in Black álbum (1980)
O AC/DC esteve no Brasil para shows em 03 oportunidades, começando pelo longínquo Rock in Rio Festival de 1985 onde tocaram em 02 datas, depois retornaram em 1996 para 01 show em São Paulo, no Estádio do Pacaembu, e novamente uma única apresentação em São Paulo, 2009, agora no Estádio do Morumbi.

C. Williams, M. Young, B. Johnson, A. Young e P. Rudd
E como forma de homenagear estes senhores, hoje, entre 55 e 68 anos, os irmãos Young, Angus (lead guitar) e Malcolm (base guitar), Brian Johnson (vocal), Phil Rudd (bateria) e Cliff Williams (baixo), seguem abaixo 04 vídeos de diferentes períodos, refletindo cada década de vida da banda:   

Anos 70

Anos 80

Anos 90

Anos 2000

Até a próxima!

terça-feira, abril 23, 2013

The original and unique Fleetwood Mac

Olá pessoal!

J. McVie, D. Kirwan, P. Green, J. Spencer e M. Fleetwood: alma blues
Continuando na mesma linha das últimas postagens (Brian May, Aerosmith e Jethro Tull), digo, fuçando o velho baú, voltando no tempo mais de 40 anos e esclarecendo/tirando a limpo o passado de clássicas bandas de rock, que muita garotada faz mau juízo do som atual, dessa vez lembraremos de um período curto, porém mágico, de um quarteto, logo depois quinteto, que sacudiu Londres entre 1967 e 1970, com uma juventude bebendo na fonte do blues de B.B. King, Muddy Waters e Elmore James, sob a benção de um dos pais do blues inglês, John Mayall. 
Estou me referindo a um dos ícones da explosão do blues britânico, o legendário grupo Peter Green's Fleetwood Mac, ou apenas Fleetwood Mac.

Primórdios: Green e Fleetwood on stage em 1967 (pré-Kirwan)
Logicamente não é pretensão do blog contar aqui a história de Peter Green, Mick Fleetwood, John McVie, Jeremy Spencer e Danny Kirwan na banda (nem o faríamos), mas sim relembrar a música de extrema qualidade, ou melhor, a obra de arte imortalizada, nada descartável, desses exímios músicos, que nenhuma ligação possuíram com o AOR (adult oriented rock) praticado por uma outra era do Mac, que se rendeu (vendeu) a FM do fim dos anos 70. 


Indo direto ao assunto, recordando alguns momentos espetaculares dessa turma, temos possivelmente no lamento Need Your Love so Bad um dos primeiros clássicos da banda; ou seria o hit Black Magic Woman, que ganhou fama na versão do guitarrista mexicano Carlos Santana ?; E o que dizer do timbre hipnotizante e característico da guitarra de Green em I Loved Another Woman, que nos anos 90 ganhou versão tão boa quanto do irlandês Gary Moore; a pedrada na moleira Rattlesnake Shake; a suave instrumental e número 1 das paradas inglesas de 1968, Albatross; a cru (guitarra-baixo-bateria) e pesada Oh Well, segundo lugar nas paradas inglesas, com direito a solo de Kirwan e base de Green; a viagem lisérgica em Underway; a doce Man of The World, também 2º lugar no UK chart; o blues tradicional de Got to Move, comandado por Jeremy Spencer; Coming Home, novamente com direito a vocal e preciso slide-guitar do baixinho Spencer; a inquieta e eletrizante guitarra do blues-rock The World Keep on Turning; a versão para o clássico de Robert Johnson/Elmore James Dust My Broom, ou ainda o intenso e derradeiro hit desta fase, depois  regravado pelo Judas Priest, The Green Manalishi, top ten na Inglaterra 
Só para ficar nestes.


Infelizmente o uso constante de drogas (LSD, principalmente), afetou consideravelmente a saúde mental de Green, fazendo-o deixar a banda no auge, em 1970. 01 ano depois, por convicções religiosas é a vez de Spencer literalmente "sumir" e abandonar o barco, e depois reaparecer em uma banda religiosa de nome Children of God. Em 1972, Danny Kirwan sái de cena por problemas alcoólicos. 
Como num efeito dominó o FM fica sem seus 03  guitarristas da formação clássica. É o fim das longas jams e improvisos. 


Depois disso, conforme já mencionado, a banda toma um rumo musical, completamente contrário a este som, deixando para trás uma legião de fans decepcionados, desapontados com músicas de fácil aceitação, mais curtas, onde a guitarra é um mero instrumento de acompanhamento, quando não, tem seu espaço tomado/invadido por teclados. Uma pena.


Dica do Cameleone: Escutem, claro, os discos dessa fase, quero dizer, Peter Green's Fleetwood Mac e Mr. Wonderful, ambos de 1968, Then Play On (1969) e Kiln House (1970). E como aperitivo, bota aperitivo nisso, sugiro buscarem na rede um bootleg sensacional, audio da melhor qualidade (soundboard), stereo, duplo, uma gravação de Julho de 1968,  performado no Carousel Ballroom, em São Francisco. 
Duas observações interessantes deste registro são que Danny Kirwan ainda não fazia parte da banda, e a participação mais que especial na gaita (em 05 faixas pelo menos) de Paul Butterfield. Fora de série! Não deixem de ouvir.

Até a próxima!

sexta-feira, março 08, 2013

Tribute to Alvin Lee



Pictured: Alvin Lee in an undated photo from his official website. - Provided courtesy of Alvin Lee / alvinlee.com/
Graham Alvin Barnes (Alvin Lee) B.19 Dec'44 - D.06 Mar'13
Há dois dias uma notícia devastou, pegou de surpresa, deixou incrédulo e sem chão o mundo do classic rock: morreu aos 68 anos o vocalista e guitar hero Alvin Lee, co-fundador do lendário quarteto de blues-rock britânico Ten Years After.
Custei a acreditar quando nesta última Quarta-feira, dia 06 de Março, ao acessar um portal de notícias, vi esta manchete. Na mesma hora liguei para um colega também fan e ficamos nos lamentando com o ocorrido. Segundo o site do músico, ele morreu inesperadamente na manhã do dia 06, após complicações imprevistas em um procedimento cirúrgico de rotina. 

Nestes últimos 24 meses, tempo de vida do Cameleone Rock, o blog fez menção aqui várias vezes ao guitarrista, a principal delas quando o selecionou entre os 12 melhores guitar players dentro do classic rock, e não deixaríamos passar em branco também os seus 70 anos no  fim de 2014, mas infelizmente essa postagem não acontecerá.

Como forma de homenageá-lo aqui mais uma vez, veremos alguns vídeos da formação orginal e clássica do TYA, banda ícone da explosão do blues inglês, que ele co-fundou em 1966 ao lado do baixista Leo Lyons. 

Nesta reunião de imagens incluímos o  registro deles no festival de Woodstock, em 1969, quando a performance individual de Lee no hit I'm Going Home, valorizou e deu extrema visibilidade a banda, além de ter apontado o músico como um dos destaques do evento, se não o maior, lembrando que no lineup deste tínhamos artistas do calibre de Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Who, Canned Heat, entre outros. 
Veja abaixo o que ele aprontou com sua pegada veloz e explosiva.


Aqui vemos a banda se apresentando no festival da Ilha de Wight ou Isle of Wight Festival, em 1970. No detalhe, a platéia completamente em transe, hipnotizada pelo som reto da guitarra de AL. 


Em 1983, para as bodas de prata do mítico Marquee Club, o original TYA torna a se reunir para prestigiar a  casa de shows.


Em Novembro de 1989 lançam About Time, que seria o último álbum de estúdio e de músicas inéditas da formação original do TYA. Tornariam a se reunir noutras oportunidades nos anos 90 apenas para shows. 
Segue o audio da faixa Highway of Love que puxou o álbum na época.




R.I.P. Alvin Lee