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terça-feira, janeiro 29, 2013

Adding 03 more terrific classic rock guitarists!!

Olá pessoal!

Nesta postagem resolvemos voltar no tempo por uma causa nobre. Retornamos para falar de um texto publicado aqui em 20 de Abril de 2011. Isto mesmo, quase 02 anos atrás e  a explicação é a seguinte:
Na ocasião fizemos um top 12 dos guitarristas de rock clássico que apareceram no cenário rocker dos últimos 50 anos, e como em toda a lista que se preze, as escolhas geraram polêmicas. A propósito, a escolha de um top 12 e não um tradicional top 10, já era com o intuito de se evitar o "faltou X" ou "cadê o Y ?", ou ainda, "pô, sem o Z a lista não procede". Mas ainda assim, como já era esperado, discussões pós postagem aconteceram.



E como o Cameleone é um blog democrático, digo, que ouve seus seguidores e leitores, levamos em consideração alguns pedidos bem argumentados e sendo assim faremos um adendo com esta postagem, ou  seja, acrescentaremos 03 guitarristas reconhecidamente excepcionais, que poderiam muito bem fazer parte dos selecionados lá atrás.
Resumindo, serão 15 então os guitarristas top do blog (12 + 3). 
Enfim.. vamos ao que interessa:



Ritchie Blackmore (Nascido Richard Hugh Blackmore - B.14'Apr45)

O eterno e certeiro riff do petardo Smoke on the Water já seria o suficiente para ele ser lembrado com um dos poderosos do instrumento, mas aliado a isso, este gênio sisudo das 06 cordas, co-fundou uma das pioneiras, mais barulhentas e influentes bandas de rock pesado da década de 70, o Deep Purple, e ainda foi capaz de gerar, digo, literalmente dar a luz, ao seu próprio e importante rock group, o Rainbow.
No Deep Purple, participou em duas oportunidades, no período mais fértil da banda, entre 1968 e 1975, onde criou linhas de guitarra mortais como pode ser comprovado em Black Night, Burn, Woman from Tokyo, No No No, Mistreated, Pictures of Home etc.
Em 75, ano em que deixou o DP, montou o Rainbow e manteve-o na ativa até o retorno/reunião da famosa formação do Purple, chamada "mark II", com Gillan, Lord, Paice, Glover e o próprio Blackmore, que aconteceria em 1984, e onde permaneceu até 1993. Desta 2ª passagem, salva-se apenas o álbum de retorno deles, Perfect Strangers (1984).  
No Rainbow, coincidentemente, também em dois momentos (75-84 e 94-97), dividiu os holofotes com feras do hard rock como Ronnie James Dio, Cozy Powell, Graham Bonnet, Don Airey, Joe Lynn Turner, Roger Glover (ex-colega de DP), entre outros, e deixou consagradas obras do gênero como o primeirão deles Ritchie Blackmore's Rainbow, Rising, Long Live Rock'n'Roll, Down to Earth..
Em 2004, numa pesquisa encomendada pela conceituada revista Guitar World, sobre os "100 melhores guitarristas de metal de todos os tempos", Blackmore ficou na 16ª colocação. Já em 2012, numa relação dos "100 melhores guitarristas de todos os tempos" da Rolling Stone, ficou ranqueado na 55ª colocação.
Esteve no Brasil com o Deep Purple em 1991, na Slaves and Masters tour, álbum lançado em 1990.

Stevie Ray Vaughan (Nascido Stephen Ray Vaughan - B.03'Oct54 - D.27'Aug90)

Virtuose do instrumento, SRV, como também era conhecido, foi apontado como a figura líder do blues revival da década de 80. Manteve também a tradição texana de gerar grandes guitarristas de blues rock, vide Johnny Winter, Billy Gibbons (ZZ Top) e Eric Johnson. 
Fez mais ainda ao participar em 1982 do tradicional Montreux Jazz Festival, junto a sua banda Double Trouble, sem ao menos na época ter um contrato assinado com uma gravadora, muito menos um álbum gravado. Após performance, chama a atenção do camaleão David Bowie, que o convida a assumir as guitarras no seu famoso álbum Let's Dance, lançado em 1983. A partir daí, sua carreira deslancha. Neste mesmo ano, através do legendário produtor John H. Hammond, descola um contrato com a Epic Records onde grava seu 1º LP, contando com a luxuosa participação do próprio Hammond na produção. 
Em 1985, Vaughan foi o primeiro músico branco a ganhar o W. C. Handy Blues Foundation Awards, para se ter uma idéia da representatividade deste prêmio, ele é tido como um Oscar para o artista de blues. Ele ainda ganharia mais 04 deste. 
Entre 1986 e 1989, muitos shows, gravações, envolvimento com drogas e álcool e a reabilitação numa tour convincente em 1989 com Jeff Beck, mantendo sua popularidade em alta.
Se despede dos palcos em 1990, logo após um concerto no Alpine Valley Music Theatre, em East Troy, no estado de Wisconsin, onde havia acabado de realizar uma super guitar jam junto a seu imão Jimmy Vaughan e os músicos Robert Cray, Jeff Healey, Buddy Guy e Eric Clapton. Numa fatalidade, um acidente de helicóptero tira sua vida após sua aeronave chocar-se contra uma rampa artificial de ski. Tinha 35 anos.
Em vida lançou 05 premiados álbuns, sendo 04 de estúdio e 01 ao vivo.  
Os álbuns Family Style (1990) e The Sky is Crying (1991), ambos póstumos, tornaram-se os mais vendidos dentro da carreira de Stevie Ray Vaughan, sendo que o 1º, com seu irmão Jimmy, ganhou em 1991 o Grammy Awards na categoria "melhor álbum de blues contemporâneo".
10 anos após sua morte, em 2000, ele foi introduzido ao "Blues Hall of Fame".
Em 2003, a Rolling Stone, ranqueou Stevie como 7º colocado entre os "100 melhores guitarristas de todos os tempos". Em 2008, ficou em 8º, na pesquisa da Guitar World Magazine, entre os também "100 melhores guitarristas".
Para todos os fans saudosistas deste músico fora-de-série, não há dúvidas em afirmar: o céu continua chorando.



Eddie Van Halen (Nascido Edward Lodewijk Van Halen - B.26'Jan55)

Este holandes co-fundou nos anos 70, ao lado do irmão e baterista Alex, a hard rock band Van Halen.
Dono de uma maneira de tocar fora do comum, inovadora e inimitável, coleciona inúmeros prêmios ao longo de sua carreira profissional iniciada há quase 40 anos. Inclusive é reverenciado não só por fans e críticos, mas por uma série de colegas músicos. Numa recente votação, foi eleito ano passado como o melhor guitarrista de todos os tempos, pela conceituada Guitar World Magazine. Além desse reconhecimento, tem uma série de prêmios em sequência pela revista Guitar Player.
É creditado a ele, se não o precursor, o popularizador ou divulgador da técnica do "two-handed tapping".
No Van Halen compôs estruturas, riffs e solos antológicos como em Running with the Devil, Jamie's is Crying', Jump, Unchained, Panama, Dance the Night Away, Ain't Talkin' 'Bout Love, e é claro, a clássica instrumental Eruption.
Em 1982, emprestou sua apurada técnica ao astro da música pop Michael Jackson, no histórico solo de Beat It, do álbum Thriller
No começo dos anos 2000 anunciou que enfrentava um câncer de língua, já superado.
Em 2006, efetivou seu filho Wolfgang Van Halen como o novo baixista da banda em substituição a Michael Anthony, baixista do VH por 32 longos anos. 
Veio ao Brasil uma única vez, em 1983, com o Van Halen.

Até a próxima!

quarta-feira, janeiro 02, 2013

The best keyboardists of classic rock !!

Pessoal,
Primeiramente, feliz 2013 a todos os 20 fiéis seguidores do blog e também (claro!) a todos os leitores do Cameleone Rock. Aqui estamos em nosso 3º ano, na verdade faremos 02 anos de vida em Março próximo, mas 2013 é o nosso 3º ano consecutivo na web, trazendo o melhor do classic rock, dentro do nosso tempo livre possível, pois gostaríamos de estar mais atuantes para esse prazeiroso instante, mas o tempo é escasso para conciliar família, trabalho e hobby.

Quero também agradecer a todos que visitaram e vem visitando o blog, pois já alcançamos a expressiva marca dos 50.000 acessos, isso em 22 meses de vida!! Considero expressivo esse número, pois no Cameleone não disponibilizamos link para baixar álbuns ou vídeos, o que aumentaria e muito as entradas na página. Muito obrigado mesmo!!
  
Então, para iniciarmos bem o ano, que tal uma listinha ??
Nos 02 últimos anos revelamos aqui as preferências do blog quanto aos melhores guitarristas, baixistas, bateristas e vocalistas (não necessariamente nesta ordem) dos últimos 50 anos, e para darmos prosseguimento, segue mais abaixo um top ten de “tirar o chapéu”, agora na categoria tecladistas. Acredito que 80% da lista é predominante em qualquer relação de um fan de rock, nem é preciso ser músico (que é o meu caso), para se saber quem é quem nas teclas.

Provável polêmica: o que fazem dois músicos de jazz numa lista de um blog que diz ser voltado para o classic rock?
R: Ambos apesar das origens jazzísticas, flertaram com o jazz-rock ou fusion, então passaram a ficar disponíveis para apontamentos/escolhas, o que foi o caso.

A ordem apresentada dos 10 músicos foi disponibilizada a esmo, digo, sem  preferência. 

Divirtam-se e, por favor, deixem seus comentários, críticas, sugestões, afagos..rs

Happy new year again!


Rick Wakeman (Nascido Richard Christopher Wakeman - B.18’May49)

Este gigante loiro e virtuose, ganhou fama não só pelas capas longas que desfilava nos palcos dos anos 70 e/ou por suas diversas passagens pela banda de rock progressivo Yes, mas também por sua elogiada trilogia solo contendo temas de história medieval, lenda e ficção: The Six Wives Of Henry VIII (73), The Journey To The Center Of The Earth (74) e The Myths And Legends Of King Arhtur & The Nights Of The Round Table (75).
No Yes, fez parte dos clássicos registros Fragile (71), Close to the Edge (72), o triplo live Yessongs (73), Tales From Topographic Oceans (73), dentre outros trabalhos.
Apesar da sua apurada e reconhecida técnica em diversos tipos de pianos (órgãos Hammond, Minimoogs e sintetizadores), Wakeman é conhecido pelo uso do Mellotron, instrumento identificado em inúmeros trabalhos do Yes e em sua carreira solo.
Na década de 70, requisitado pelo Black Sabbath, adicionou teclados ao hit deles Sabbra Cadabra, do álbum Sabbath Bloody Sabbath (73).
Sua 1ª passagem pelo Brasil deu–se ainda nos anos 70 (em 1975), acompanhado da OSB (Orquestra Sinfônica Brasileira).

Jon Lord (Nascido John Douglas Lord - B.09’Jun41 – D.16’Jul12)

Músico extra série, especialista no órgão Hammond, unanimidade entre colegas, fans e críticos musicais, interessou-se por piano ainda criança. Co-fundou a hard rock band Deep Purple em 1968. Foi pioneiro por mesclar rock e música erudita, no seu consagrado Concert for Group and Orchestra (1969), álbum do DP, gravado ao vivo no Royal Albert Hall, em Londres.
Participou com o Purple da 1ª edição do California Jam em 1974.
Uma característica marcante do grupo quando nos palcos, e momento muito esperado pelos fans, eram os “embates/confrontos” ao vivo entre Lord e o guitarrista Ritchie Blackmore, quando teclado e guitarra faziam uma espécie de “question and answer” no meio do solo de determinadas músicas.
Quando o Purple esteve parado para “balanço”, entre 78 e 84, Lord deu sua contribuição na banda do ex-colega de Purple David Coverdale, o Whitesnake. Viria ao Rock in Rio de 85 com o “cobra branca” se o Purple não tivesse se reunido e o recrutado novamente 01 ano antes do mega evento.
A partir da década de 90, esteve no Brasil algumas vezes com o Deep Purple.

Keith Emerson (Nascido Keith Noel Emerson - B.02’Nov44)

Provavelmente, junto a Wakeman e Lord, sempre lembrado em toda e qualquer pesquisa/enquete do gênero. Fez parte de 02 expressivos grupos de rock progressivo das décadas de 60 e 70: The Nice e Emerson Lake & Palmer, respectivamente. Este showman fanático pelo órgão Hammond e pelo sintetizador Moog, destacou-se por transcrever peças eruditas para o rock (ex. Bach, Mussorgsky). Aliava toda a sua técnica e rapidez a pirotecnias no palco, tais como, se debruçar em cima do teclado, jogá-lo por sobre seu corpo, ter seu piano guinchado em pleno solo e continuar tocando, e até mesmo esfaqueá-lo.
Esteve no Festival da Ilha de Wight em 1970 com o ELP, que praticamente foi o debut deles ao vivo, com direito a bolas de canhão no final da performance do trio.
Esteve também com o  ELP na 1ª edição do festival California Jam em 74.
Com o ELP se apresentou no Brasil em 1993 e 1997.

Jan Hammer (Nascido Jan Hammer - B.17’Apr48)

Precoce e virtuose, iniciou no piano aos 04 anos de idade. Teve o privilégio de fazer parte, desde o seu começo, do formidável combo fusion Mahavishnu Orchestra, liderado pelo guitarrista John McLaughlin, contando ainda com Billy Cobham (bateria), Rick Laird (Baixo) e Jerry Goodman (violino).
É creditado a Hammer seu pioneirismo no uso do mini sintetizador Moog ainda nos tempos da Mahavishnu.
Após sua saída da MO, em meados dos anos 70, seguiu em constante parceria com Jeff Beck vide os álbuns Wired (76), Jeff Beck with The Jan Hammer Group Live (77), There and Back (80) e Flash (85).
Premiadíssimo, ganhou vários Grammys, muitos deles por suas trilhas sonoras para inúmeros filmes e seriados de televisão, o mais famoso pelo tema da série dos anos 80, também vista no Brasil, Miami Vice.

Ray Manzarek (Nascido Raymond Daniel Manczarek Jr - B.12’Feb39)

Responsável por criar as atmosferas/climões para a viagem psicodélica,os ácidos poemas de Jim Morrison e a música dos Doors. Impossível pensar em The Doors e não vir a mente aquele som de piano tão peculiar em qualquer que seja a música (The End, Light My Fire, Riders on the Storm, Back Door Man, When the Music’s over etc).
Tinha ainda a incumbência de levar as linhas de baixo nos teclados e pedal, pois a banda não possuía um baixista específico. Enfim, Manzarek era o pulmão da banda.
Quando Morrison morreu em 71, passou a ser também o vocalista dos Doors nos dois últimos álbuns de estúdio deles (Other Voices e Full Circle).
Tocou na Ilha de Wight em 1970 com os Doors.
Veio ao Brasil em 2005, para shows com uma banda chamada The Doors do Século 21, trazendo na guitarra seu velho companheiro dos Doors, Robby Krieger, e com o Ian Astbury, ele mesmo, vocal do The Cult, fan dos Doors, que interpretou / incorporou Jim Morrison a altura.

Tony Banks (Nascido Anthony George Banks - B.27’Mar50)

Desde muito novo já influenciado pela música clássica, inclusive aprendeu a tocar piano baseado neste ensinamento/método.
Fundou ao lado do vocalista Peter Gabriel uma das bandas pilares do rock progressivo, o Genesis, e durante os quase 30 anos em que a banda esteve na ativa, além do seu fundamental trabalho nos teclados, colaborou com várias composições e letras do grupo. Pode também se vangloriar por ser 1 dos 2 únicos músicos da banda (o outro é o baixista/guitarrista Mike Rutherford) a manter-se intocável em sua posição.
Absolutamente discreto/sem exibicionismo na maneira de tocar, Banks, ajudou a “dar cara” e eternizar o Genesis em passagens instrumentais, introduções e solos como em In the Cage, Firth of Fifth, The Cinema Show, Los Endos, The Lamb Lies Down on Brodway, Watcher of the Skies, Dance on a Volcano, entre muitas outras.
Esteve no Brasil com o Genesis em 1977.
Foi introduzido ao Rock and Roll Hall of Fame em 2010 como integrante do Genesis.

Joe Zawinul (Nascido Josef Erich Zawinul - B.07’Jul32 – D.11’Sep07)

Por origem músico de jazz, Zawinul, foi um dos precursores, ao lado de Miles Davis, do gênero chamado jazz-rock, conhecido também como fusion, além de ter co-fundado e guiado por 16 longos anos (70-86), junto ao saxofonista Wayne Shorter, um dos mais importantes grupos do estilo: Weather Report. Por lá, entre outros, passaram os percussionistas brasileiros Airto Moreira e Dom Um Romão e o gênio do contrabaixo elétrico sem trastes, Jaco Pastorious. 
É creditado a Zawinul o pioneirismo no uso do piano elétrico e sintetizador.
Foi apontado 28 vezes (!) pelos leitores da conceituada revista de jazz, Down Beat, como o melhor tecladista elétrico.

Chick Corea (Nascido Armando Anthony Corea - B.12’Jun41)

Pianista de jazz. Em 1968, substituiu ao lendário Herbie Hancock na banda de Miles Davis. Tocou em alguns álbuns de Davis, incluindo seus registros já fora do conservador contexto jazzístico: In a Silent Way (69) e o sempre lembrado e considerado obra inicial do jazz-rock, Bitches Brew (70).
Ainda em 70, largou MD para no ano seguinte montar seu próprio grupo fusion, o aclamado Return to Forever. No que foi considerado a formação clássica da banda, Corea conseguiu reunir a nata de músicos do gênero: Stanley Clarke (baixo), Al di Meola (guitarra) e Lenny White (bateria). Vale ressaltar que o casal de músicos brasileiros Flora Purim (cantora) e Aírto Moreira (percussão) fez parte da 1ª fase do RTF, tocando nos seus 02 primeiros álbuns.
Ao longo dos seus 50 anos de carreira, Corea teve 77 indicações ao Grammy, sendo 18 vezes premiado. Ele também possui dois Grammy’s latino.
Em 1999, seu álbum Now he Sings, Now He Sobs (lançado em 1968) foi introduzido ao Grammy Hall of Fame. O GHOF é uma espécie de Grammy especial que valoriza determinadas gravações que tenham pelo menos 25 anos de criação.
Veio ao Brasil em 2012 para shows acústicos acompanhado dos velhos companheiros Stanley Clarke e Lenny White, isto é, 3/4 da formação clássica do RTF esteve aqui em terras tupiniquins.

Don Airey (Nascido Donald Airey - B.21’Jun50)

Como muitos outros aqui, começou cedo no piano clássico. Don Airey é formado em música pela University of Nottingham e diplomado pela Royal Northern College of Music.
Airey poderia também ser chamado de Cozy Powell dos teclados devido as inúmeras contribuições, seja como membro ou participações em bandas, pois vejam: Babe Ruth, Hammer (Cozy Powell Band), Colosseum II, Black Sabbath, Ozzy Osbourne, Rainbow, MSG, Judas Priest, UFO, Gary Moore, Fastway, Whitesnake, Jethro Tull .. só para ficar nestas.
Com a saída de Jon Lord do Deep Purple, foi convidado a ingressar na banda e efetivado em 2002, encerrando enfim seus 30 anos de idas e vindas em diversos grupos/projetos.

Ken Hensley (Nascido Kenneth William David Hensley - B.24’Aug45)

Mais um apreciador do instigante e envolvente som do órgão Hammond. Por exatos 10 anos (1970-1980) ajudou a moldar/definir o som de um dos mais injustiçados grupos de art-rock pesado da década de 70: Uriah Heep. Com o volumoso/encorpado som de seu teclado, contribuiu com estruturas inesquecíveis como em Gypsy, Look at Yourself, July Morning, Sunrise, entre outras. Além de tecladista, Hensley compôs muitas das músicas do Heep, tocou guitarra e cantou em algumas oportunidades.
Fez parte da formação clássica da banda ao lado de David Byron (vocais), Mick Box (guitarra), Gary Thain (baixo) e Lee Kerslake (bateria).  
Dois anos após deixar o UH se juntou ao Blackfoot. Fez também algumas pequenas colaborações com o W.A.S.P., Cinderella, entre outros projetos.

Até a próxima!

sábado, fevereiro 18, 2012

The Best Bass Players of Classic Rock - Top Ten!!

Olá pessoal!
No muito bem-vindo feriado prolongado de Carnaval, nada melhor que colocar um bolachão na vitrola, tirar a poeira da agulha e curtir um bom e velho rock'n'roll, não é mesmo?!

Enfim, o Cameleone estava devendo uma lista com os melhores contra-baixistas dentro do classic rock, e possivelmente o motivo para esta demora seja a dificuldade em somente citar 10 nomes dentro de um universo de excelentes instrumentistas, sendo assim, criamos um critério para estas nomeações, que foi considerar somente os músicos que surgiram no cenário musical das décadas de 60 e 70, sejam eles do heavy, psicodélico, hard, blues-rock, progressivo, fusion etc ..
A relação abaixo também não segue uma ordem tipo "do melhor ao 10º colocado", na verdade os apontados abaixo são os 10 melhores independente de colocação.
  
As escolhas se valeram nos músicos com maior técnica, habilidade, criação (obra) e influência. Vamos logo aos melhores: 

Geddy Lee (Nascido Gary Lee Weinrib - B.29'Jul53)
Se já não bastasse ser um dos maiores baixistas de rock de todos os tempos (inúmeras vezes premiado pela Guitar Player magazine, entre outras publicações), este extraordinário músico canadense é ainda o vocalista, tecladista (muitas das vezes com o próprio pé durante as apresentações) e compositor no lendário power trio Rush, onde há quase 40 anos, forma ao lado do baterista Neil Peart, umas das mais respeitadas, criativas e duradouras cozinhas do rock. 
Suas complexas linhas de baixo dão a impressão que ele está solando o tempo todo. Vale lembrar que ele faz tudo isso e canta ao mesmo tempo. Para quem não faz idéia do que ele é capaz, basta escutar, ou melhor, apreciar, sua performance (show à parte) em músicas como YYZ, La Villa Strangiato, Driven, Where's My Thing ?, Show Don't Tell, Freewill, Limbo, Leave That Thing Alone, Red Barchetta.. façam melhor, ouçam a obra completa do Rush.
Em 2000, durante um hiato nas gravações com o Rush, lançou seu primeiro e único álbum de carreira solo chamado My Favourite Headache. Destaque para a 1a. faixa, que dá nome ao álbum.
Esteve no Brasil com o Rush em duas oportunidades, em 2002 (quando da gravação do DVD Rush in Rio, no Maracanã) e em 2010.   
É prometido para 2012, mais um álbum de estúdio do Rush, intitulado Clockwork Angels.

John Entwistle (Nascido John Alec Entwistle - B.09'Oct44 - D.27'Jun02)
Lenda das 04 cordas, lembrado em toda e qualquer pesquisa como um dos mais influentes e inovadores baixistas, The Ox ou Thunderfingers, como era carinhosamente chamado no meio musical, foi baixista do The Who de 1964 à 2002 e construíu ao lado de Keith Moon não só uma simples seção rítmica, mas uma barreira sonora com espaço para improvisos em massa.
Um dos pontos altos (mais esperados) em suas apresentações com a banda era na clássica My Generation, onde Entwistle, da metade para o fim da música, exibia a sua conhecida técnica de usar os 04 dedos da mão direita de forma rápida e forte, criando meio que curtos solos em diversas passagens da canção.
Duas de suas mais famosas criações com o Who, onde também emprestou a voz, são as tracks Boris The Spider e My Wife, regularmente apresentadas, até a sua morte, em shows da banda.
Em 1990, com membro do The Who, Entwistle foi nomeado ao Rock'n'Roll of Fame. Em 2000, a Guitar Magazine, nomeou-o como o baixista do milênio, após enquete entre os leitores da revista. Em 2011, nova pesquisa, desta vez entre os leitores da Rolling Stone, e novo prêmio (também póstumo) para o músico, agora como o número 1 de todos os tempos entre os baixistas.

Chris Squire (Nascido Christopher Russell Edward Squire - B.04'Mar48)
Fish (peixe), como ele é chamado no meio musical, é simplesmente ou absolutamente o baixista dos baixistas no cenário prog rock. Ninguém tem mais a "cara" do progressivo do que ele. Desde 1968, isto é, há 44 anos ele é o 1º e único baixista da progressive rock band Yes.
Com o seu inconfundível Rickenbacker, palheta em punho e performáticas apresentações, Squire criou e vem criando diversas, literalmente, viagens, como por exemplo, só para ficar no álbum Fragile (1971), a clássica e longa Heart of the Sunrise, onde Squire exibe/expressa todo o seu talento; ou a curta e instrumental The Fish, escrita pelo próprio Squire e que vem a ser um solo do músico; ou ainda o definitivo hit deles, Roundabout, onde ficou imortalizado o rotundo e grave som de baixo extraído na gravação. Vale a pena também conferir um vídeo disponível no You Tube, de uma apresentação ao vivo do Yes, anos atrás, onde na canção On the Silent Wings of Freedom, do álbum Tormato (1978), Squire rouba a cena em um solo alucinante/contagiante/hipnotizante de pouco mais de 04 minutos, mas ainda assim impagável!
Outra peculiaridade do músico é o seu impressionante (enorme) contra-baixo de 03 braços, um triple necked bass, que ele o utiliza quando vai tocar ao vivo a música do Yes Awaken, do álbum Going For The One (1977).
Squire já esteve algumas vezes no Brasil, sempre em turnês com o Yes.

Jaco Pastorius (Nascido John Francis Anthony Pastorius III - B.01'Dec51 - D'21Sep87) 
Gênio, temperamental, inovador, polêmico, ousado, rebelde, autêntico.. misture todos esses adjetivos e você terá Jaco Pastorius, o virtuoso das 04 cordas. Apontado como o pioneiro do uso do baixo fretless (sem os trastes) no jazz. 
Durante 06 anos (76-82), além de paralelamente tocar a sua carreira solo e participar de álbuns de outros artistas (Ian Hunter, Joni Mitchell, Herbie Hancock), Pastorious, fez parte do fantástico combo fusion Weather Report, ao lado dos exímios músicos Joe zawinul e Wayne Shorter, e por lá executou seus fraseados repletos de notas e estruturas nada fáceis, muito improviso, além das tradicionais harmônicas.
Somente 04 baixistas se fazem presentes no hall of fame da conceituada publicação de jazz, a Downbeat, e um destes é Jaco, sendo que dos 04, ele é o único a manusear um baixo-elétrico.
Nos começo dos anos 80, Jaco deixa o WR e passa a se dedicar mais ao seu projeto Word of Mouth, porém na metade da década, após o uso constante de álcool e drogas, ele passa também a sofrer com os sintomas do distúrbio bipolar, tornando-o depressivo e agressivo, então em uma de suas crises, na porta de um bar em Fort Lauderdale, na Flórida, ele briga com os seguranças do local e é espancado, vindo a falecer devido as lesões, aos 35 anos. 
Jaco possui uma história um tanto curiosa com os seus 02 velhos Fender Jazz Basses de 1960 e 1962, sendo este último chamado por Jaco de "Bass of Doom", o tal que ele tirou os trastes. Ambos foram roubados em meados dos anos 80 e somente reapareceram muitos anos depois, inclusive um deles pertence hoje ao baixista do Metallica, Robert Trujillo.
É possível assistí-lo solando aqui no blog em um dos vídeos da sua Cameleone Rock.

Jack Bruce (Nascido John Symon Asher Bruce - B.14'May43)
The Ace of Bass ou o Ás do Baixo, Jack Bruce, foi provavelmente, dos selecionados aqui, o 1º a despontar/se destacar em clubes e bares na europa do início dos anos 60, e por conta disso é um dos mais aclamados e respeitados baixistas do rock e vertentes,  influência com certeza para todos os relacionados aqui nesta lista, e não só pela maneira de tocar, mas também pelo seu notável timbre vocal registrado por todas as bandas que passou em seus quase 50 anos de carreira.
Sua origem é o jazz. Quando adolescente ganhou uma bolsa de estudos no Royal Scottish Academy of Music and Drama, um conservatório onde estudou violoncelo  e composição musical. Já nesta época, JB se envolvia com bandas locais de jazz, o que causou sua desistência do conservatório, pois o ensino foi contra seu interesse por este tipo de música, mas Bruce preferiu ficar com o jazz.
JB, além do indiscutível domínio no baixo-elétrico, domina como poucos um contra-baixo acústico.
Bruce tem verdadeira adoração por trios (baixo-guitarra-bateria), pois vejam: Cream (Bruce, Eric Clapton e Ginger Baker), West Bruce and Laing, BLT (Bruce, Bill Lordan e Robin Trower), BBM (Bruce, Ginger Baker e Gary Moore).. só para ficar nestes. 
Para entender o motivo pelo qual este músico se faz presente nesta relação, escutem White Room, Politician, Spoonful, I Feel Free, Born Under a Bad Sign, Sunshine of Your Love.. todas músicas interpretadas ou de própria autoria do 1º power trio da história do rock, o Cream. 

John Paul Jones (Nascido John Baldwin - B.03'Jan46)
Costumeiramente rankeado, em publicações e pesquisas, como um dos maiores baixistas do rock, como por exemplo na enquete feita em 1977, entre os leitores da tradicional e já finada americana Creem Magazine, que o apontaram como o melhor do instrumento na época,  JPJ ou simplesmente Jonesy, seu apelido, fez história no Led Zeppelin (68-80) fazendo a marcação ao lado do "monstro" John Bonham e criando arrebatadoras bass lines para eternos clássicos como Dazed and Confused, Ramble On, Black Dog, The Lemon Song etc.
No começo de sua carreira, entre 1964 e 1968, ainda nos bastidores, notabilizou-se como um conceituado e extremamente requisitado músico de estúdio, trabalhando com importantes artistas, tais como: Rolling Stones, Donovan, Cat Stevens, Herman's Hermits, entre muitos outros.. 
JPJ, não limita seu conhecimento musical apenas ao contra-baixo mandando muito bem também em outros instrumentos como teclado, flauta, bandolin, auto-harpa, cítara, fora o seu famoso instrumento de 03 braços (guitarra tradicional, guitarra de 12 cordas e bandolin).
Em 2000, foi apontado como o 3º maior baixista do milênio, em pesquisa realizada entre os leitores da Guitar Magazine
No momento, em plena atividade, tem se dedicado ao Them Crooked Vultures, um super grupo formado pelo vocalista e guitarrista do Queen of the Stone Age, Josh Homme, e pelo antigo baterista do Nirvana e atual vocalista do Foo Fighters, Dave Grohl.
Lançaram seu 1º trabalho, álbum homônimo, em 2009.

Geezer Butler (Nascido Terence Michael Joseph - B.17'Jul49)
Lendário baixista e letrista da formação original e clássica do Black Sabbath. Considerados por muitos, sejam críticos musicais e fans, como o primero baixista ou o baixista-pai do heavy metal e hard rock. É creditado a Butler, um ferrenho fan de magia negra e ocultismo, o batismo da banda com o nome Black Sabbath, após ter escrito uma música de mesmo nome (homônima). Foi pioneiro no uso do wah-wah em seu instrumento, possível identificar este efeito na intrudução da clássica N.I.B.
Depois de largar o BS em meados dos anos 80, montou a sua Geezer Butler Band ou GZR, depois esteve na banda de Ozzy Osbourne, retornando ao Sabbath no começo dos anos 90, na reunião do lineup que produziu o petardo Mob Rules (ele, Tony Iommi, Ronnie James Dio e Vinnie Appice), bem como o registro Live Evil.
Nos últimos 20 anos, flutuou entre a sua GZR Band, participou do álbum Ozzmosis de Ozzy, bem como em reuniões com o Sabbath original e o da 2a. formação (mencionada acima), neste caso assumindo o de nome Heaven Hell. Depois da morte de Dio, em 2010, o projeto H'n'H foi deixado de lado.
Em 11/11/11, foi anunciado o retorno da formação original do Sabbath, porém em Janeiro o guitarrista Tony Iommi anunciou que primeiramente irá se tratar de um linfoma (cancêr), descoberto em estágio inicial, e no começo de Fevereiro, o baterista Bill Ward não concordou com as condições contratuais propostas para esta reunion e pulou fora do projeto. 
Geezer Butler esteve no Brasil, com o Black Sabbath, por 03 ocasiões: 1992, 1994 e 2009.

Tim Bogert (Nascido John Voorhis III - B.27'Aug44)
Veteraníssimo (com quase meio século de estrada) e versátil (tocou música psicodélica, hard, blues, heavy), tendo como eterno parceiro de cozinha (desde os anos 60) o cigano batera Carmine Appice, pois ambos estiveram juntos no Vanilla Fudge, Cactus, no trio BBA (Jeff Beck, Tim Bogert and Carmine Appice) e ainda no DBA (com o guitarrista Rick Derringer), a propósito, como forma de imortalizar essa lendária parceria, a dupla é considerada como uma das melhores seções rítmicas de todos os tempos dentro do rock.
Em 1970, integrando o Cactus, tocou no Isle of Wight Festival.
Por 18 anos (1981-1999) foi membro da aclamada faculdade de música Musicians Institute, em Los Angeles, CA.
Em 1999, como forma de reconhecimento por sua contrinuição ao longo dos anos a música, TB entrou para o Hollywood Rock Walk of Fame.
Nos últimos 10 anos tem se dividido nas resurreições do Vanilla Fudge e Cactus.

Felix Pappalardi (Nascido Felix A. Pappalardi Jr - B.30'Dec39 - D'17Apr83)
Ficou primeiramente conhecido como produtor do power trio de blues-rock Cream (Eric Clapton, Jack Bruce e Ginger Baker), onde produziu 03 álbuns da banda a partir do 2º deles, o clássico Disraeli Gears. Tamanha a sua importância/participação para moldar  o som do trio,  Pappalardi, foi considerado por Clapton, Bruce e Baker como o 4º membro da banda.
Após o fim do Cream, no final dos anos 60, Pappalardi se interessou em produzir o álbum de um jovem guitarrista chamado Leslie West. Desse encontro nasceria uma das mais importantes bandas de hard rock dos anos 70, o Mountain.
No Mountain, ele dividiu os vocais com West. Participou do longínquo festival de Woodstock em 1969 e deixou 06 registros com a banda (04 de estúdio e 02 ao vivo).
Felix usava uma distorção em seu contra-baixo, extraindo um peso tal de seu instrumento, que por vezes confundia os fans, quando estes ouviam os long plays (vinis) da banda, pois não sabiam se era realmente o som de seu baixo ou o som da guitarra de Leslie West.
Infelizmente, Felix, por ciúmes, foi brutalmente assinado por sua mulher, Gail Collins, com um tiro no pescoço. Gail, além de esposa de Pappalardi, era sua colaboradora/parceira musical, pois co-escreveu songs para o Cream (Strange Brew, Clapton/Pappalardi/Collins), bem como para o Mountain (Don't Look Around, West/Palmer/Pappalardi/Collins), além de ter desenhado capas de alguns álbuns da Montanha (Climbing!, Nantucket Sleighride).

Mel Schacher (Nascido Mel Schacher  - B.04'Apr51)
Provavelmente muitos aqui de imediato não identificarão este nome como reconheceram os demais citados acima. A fera em questão trata-se do baixista original e da formação clássica do fundamental trio (depois quarteto) americano de hard-rock, Grand Funk Railroad. 
Seria injusto o Cameleone deixar de fora este músico inquieto, dinâmico, empolgante, com suas linhas de baixo sempre marcantes, presentes, destacadas, e porque não dizer, a cara do GFR. Impossível não reconhecer a distância aquele grave quase estourando os auto-falantes do som do carro, som de casa. 
O GFR da primeira metade da década de 70 se assemelha muito a uma banda de garagem, digo, aquele som bem cru mesmo (guitarra-baixo-bateria), a todo o volume, sem restrições para o instrumento X, Y ou Z. Diríamos no dito popular "o couro comendo solto".
Só para se ter idéia da popularidade do GFR, em 1971, os ingressos colocados a venda para o show deles no Shea Stadium, esgotaram-se em rápidas 72 horas, com isso eles quebraram, na época, o recorde que pertencia aos Beatles, que anos antes haviam levado mais de 03 dias para esgotar seus ingressos.
Confira a matadora participação de Mel Schacher nos seguintes petardos do GFR: Aimless Lady, People Let Stop The War, I Don't Have To Sing The Blues, e principalmente, I Come Tumblin' (reparem o solo dele nesta canção do clássico álbum da moeda, E Pluribus Funk), entre outras..

Até a próxima!

terça-feira, julho 19, 2011

The Greatest Rock Drummers of all times!! Top Ten!!

Disposição, fôlego, preparo físico, coordenação motora, muito estudo e treinamento são ingredientes básicos, entre outros, para se tornar um grande baterista. E se aliado a tudo isso o músico tiver também "ouvido", quem é músco sabe do que estou falando, e logicamente, o dom, a vocação, o talento para o instrumento, aí então ele poderá ser encontrado facilmente na relação que criamos.

Na lista abaixo dos melhores bateristas de rock de todos os tempos, tentamos fazer a melhor seleção possível, dentro da limitação da escolha de apenas 10 excepcionais músicos, e seguindo o padrão do Cameleone Rock Blog, isto é, dentro do Classic Rock.
Espero que curtam a breve biografia e/ou curiosidade que acompanha cada um destes, e por favor, sintam-se a vontade para acrescentar algo ou discordar dentro do campo comentários, ok. Segue então os escolhidos, sem ordem de preferência: 
   

Keith Moon (Nascido Keith John Moon - B.23'Aug46 D.07'Sep78)

Moon the loon (Moon o lunático), era como o viam, porém atrás do seu kit de bateria, tratava-se de um conceituado músico que comandou as baquetas do lendário The Who por 14 anos (64-78), influenciando muita gente por sua forma inovadora, expressiva e voraz de tocar, soando as vezes, meio que de improviso (com suas viradas quebradas), ou até mesmo teatral (fazendo caras e caretas).
Ganhou notoriedade também por suas "peripécias" fora do palco, levando ao extremo suas brincadeiras, como destruir quartos de hotel, jogar televisores pela janela, e dizem, até mesmo jogar um carro dentro da piscina. 
Moon e Townshend: dupla do barulho.
Em seus primórdios no Who, Moon, tinha no guitarrista Pete Townshend seu parceiro ideal nas "arruaças" de palco, onde ao final das apresentações, por muitas vezes, quebravam tudo o que viam pela frente, incluindo seus próprios instrumentos musicais, amplificadores, etc.


Em 1966, Participou da gravação da clássica faixa Beck's Bolero, do  álbum de Jeff Beck, que contou também com os futuros Led Zeppelin, Jimmy Page e John Paul Jones.
A propósito, é creditado a Moon ter sugerido o nome Zeppelim de chumbo a banda que Jimmy Page estava prestes a nominar.   

Ian Paice (Nascido Ian Anderson Paice - B.29'Jun48)

Único remanescente da formação original do Deep Purple, consequentemente, único músico a participar de todos os álbuns e gravações do DP (desde 1968), Ian Paice é um baterista canhoto e um "motorzinho incansável" na maneira de tocar.
É famoso pela velocidade com que imprime no pedal de seu bumbo simples. 
Conta a história que para buscar um som mais robusto para a gravação da faixa Fireball, do álbum homônimo de 1971, Paice, apesar de perder em velocidade, procurou usar um bumbo duplo. O detalhe é que nos testes para se ter essa certeza, ele acabou pegando emprestado o bumbo duplo do baterista do The Who, Keith Moon, que coincidentemente estava no mesmo estúdio que o Purple.  
Para se apreciar, observar de perto a técnica deste grande músico, sugerimos, dentre outras, a audição da faixa The Mule, sendo que a versão do live Made In Japan (1972), onde em 6 minutos dos quase 10 de gravação, Paice mostra porque está entre os 10 mais de muita lista de fans e críticos musicais.  
Tocou também no Whitesnake e na Gary Moore Band, justamente no período em que o DP  esteve parado (76-84). Fez parte também do projeto Paice, Ashton & Lord. 


Neil Peart (Nascido Neal Ellwood Peart - B.12'Sep52)

Simplesmente genial. Este fan do lendário baterista de jazz Buddy Rich, há quase 40 anos é o letrista e baterista do power trio canadense Rush.
Peart, por críticos, músicos e fans, é considerado um dos melhores de todos os tempos. Tem em seu currículo diversas premiações pela conceituada revista Modern Drummer. 
Além da bateria acústica e das diversas modalidades de percussão, Peart também tem amplo domínio da bateria eletrônica, que foi incoporada ao som do Rush em meados dos anos 80. 

Normalmente nos concertos do Rush, Peart se apresenta com um kit de bateria de 360 graus, sendo metade acústica e metade eletrônica. 
Em todos os álbuns ao vivo do Rush é dedicado uma faixa para o seu tão esperado e criativo solo.   
Ele também é escritor, com alguns livros já lançados.

Carl Palmer (Nascido Carl Frederick Kendall Palmer - B.20'Mar50)

Impressionava pela façanha de conseguir acompanhar os solos complexos, eruditos, pirotécnicos, "quebrados" do tecladista Keith Emerson, seu colega no Emerson Lake and Palmer.
A propósito, praticamente fez seu debut live com o ELP, no lendário Festival da Ilha de Wight, em 1970, antes de lançarem o clássico álbum da pomba, o 1º deles.
Uma característica marcante, que começou ainda nos remotos tempos do ELP e que se mantém até os dias atuais, é a tradiconal combinação de repetições *tamborim-bumbo duplo* no final de cada solo, até virar-se para trás e encerrar sua performance batendo em um gongo chinês.

Tocou também no "Mundo louco" de Arthur Brown, com o Atomic Rooster e no começo dos anos 80, no super-grupo Asia. Também trabalhou com Mike Oldfield.
Esteve no Brasil ano passado com a sua Carl Palmer Band. 



Cozy Powell (Nascido Colin Flooks - B.29'Dec47 D.05'Apr98) 

Pesado e Versátil. Sendo objetivo, estas são as definicoes precisas para este saudoso músico, que fez parte de uma enormidade de grande bandas, e passeou por diversos estilos deixando literalmente sua marca seja no Jeff Beck Group, Bedlam, Rainbow, MSG (Michael Schenker Group), Whitesnake, ELP (Emerson Lake and Powell), Forcefield, Black sabbath, The Brian May Band etc.
Participou do longínquo festival da Ilha de Wight em 1970, fazendo parte da banda do músico Tony Joe White.
No Brasil, participou com o Whitesnake da 1ª edição do Rock in Rio, em 1985.  

Ginger Baker (Nascido Peter Edward Baker - B.19'Aug39)

Este batera septuagenário já virou lenda. Músico desde o final dos anos 50, quando tocava em bandas de jazz da inglaterra. É considerado um dos pioneros no uso do bumbo duplo no rock. Destaque para a música "Toad", do 1º álbum do Cream, Fresh Cream (1966), onde esbanja técnica num solo de mais de 05 minutos. A versão live desta faixa, que consta no Wheels of Fire (1968), também do Cream, nos contempla com 13 minutos de drum solo.
Além da "nata", onde fez fama, tocou também na Graham Bond Organization, no Blind Faith, na sua própria banda a Airforce, entre outros.


John 'Bonzo' Bonham (Nascido John Henry Bonham - B.31'May48 D.25'Sep80)



Fenômenal. Sempre lembrado em qualquer relação, lista, dos melhores bateristas de rock pesado de todos os tempos.
Foi o baterista do Led Zeppelin do seu começo, em 1968, ao fim, em 1980, com sua prematura morte. 
Tinha preferência por um tipo de baqueta diferente, mais pesada e longa, que ele chamava de trees (árvores). 
No seu famoso solo em Moby Dick, que vez ou outra, ao vivo, alcançava meia hora de perfomance, Bonham, usava as mãos para conseguir uma sonoridade diferente das baquetas, e por muitas vezes chegava a tirar sangue das mesmas, devido a brutalidade que usava para extrair som das caixas. 
Comenta-se que nunca frequentou aula/curso para tocar bateria.


Camine Appice (Nascido Carmine Appice - B.15'Dec46)

É considerado por muitos o pioneiro no quesito bateria pesada no rock, isso ainda em meados dos anos 60 quando integrava o Vanilla Fudge.
É creditado a ele outro pionerismo, por ter lançado em 1972 o livro The Realistic Rock Drum Method, uma espécie de passo-a-passo (métodos e exercícios), direcionado para o baterista que quer tocar este estilo. 
Quase 40 anos depois, o livro virou best-seller com mais de 300.000 exemplares vendidos, e agora também disponível no formato DVD. A revista Modern Drummer apontou o livro como um dos 25 melhores métodos de bateria de todos os tempos.
Emprestou sua habilidade também ao Cactus e ao Jeff Beck Group. 
Carmine é irmão de Vinnie Appice, ex-batera da Dio Band e do Black Sabbath.



Tony Williams (Nascido Anthony Tillmon Williams B.12'Dec45 D.23'Feb97)


Sua origem é o jazz de raiz. Devido ao seu enorme talento, foi selecionado ainda muito jovem, em 1963, para a banda do lendário jazzman e trompetista Miles Davis. Sem saber,Tony Williams, anos depois, estava tendo o privilégio de fazer parte do que seria chamado de "o segundo formidável quinteto de Miles Davis", que incluía além do próprio Miles, o saxofonista Wayne Shorter, o pianista Herbie Hancock, o contra-baixista Ron Carter, e claro, Tony Williams, além disso esta formação viria a ser a de maior durabilidade dos grupos de Miles Davis. Mas Williams queria mais e depois do aprendizado com Miles (deixou-o em 1969), veio formar a sua própria e pioneira banda fusion: a Lifetime.
A Lifetime originalmente foi um trio formado por Williams, pelo tecladista Larry Young e pelo guitarrista John McLaughlin e o som do grupo era calcado no jazz e no rock, isto é, na fusão dos dois gêneros, o que chamamos de fusion (jazz + rock). O álbum Emergency!, o 1º deles, é considerado o precursor do movimento, antes mesmo do Bitches Brew, de Miles Davis, lançado pouquíssimo tempo depois. Quando lançado, este 1º ábum da Lifetime foi severamente criticado pelos ouvintes de jazz, mas hoje é considerado um clássico do estilo.
Ainda sobre o debut da Lifetime, o álbum Emergency!, foi um dos muitos vinis que faziam a cabeça da Allman Brothers Band em 1969.
No ano seguinte, 1970, Jack Bruce é chamado para adicionar baixo e vocal as músicas do novo álbum Turn It Over. Depois disso outras incarnações vieram, inclusive, uma delas, com o fantástico e solicitado guitarrista da cena jazz/fusion/prog, Allan Holdsworth.


Mitch Mitchell (Nascido John Ronald Mitchell B.09'Jul47 D.12'Nov08)

Em 1966, segundo o produtor de Jimi Hendrix, na época o ex-baixista dos The Animals, Chas Chandler, Mitch Mitchell, foi escolhido no popular 'cara e coroa' para ser o baterista da Experience, após duelar na final com o também extraordinário Aynsley Dunbar. Tocou com Hendrix de Outubro de 66 até meados de 69, incluindo a participação no aclamado festival de Woodstock, em Agosto do mesmo ano. Um ano antes, em 68, fez parte da Dirt Mac Band, uma super banda montada exclusivamente para o filme dos Rolling Stones "Rock'n'Roll Circus" que incluía, além de Mitchell na bateria, Eric Clapton, Keith Richards e o casal Yoko Ono e John Lennon.
Mitchell fez parte também das gravações demo, para o disco de Miles Davis, Bitches Brew, considerado um divisor de águas no encontro do jazz com o rock, porém o músico não participou da versão final do renomado álbum.
Também é creditado a Mitchell o pioneirismo de um estilo que seria chamado de fusion (na maneira de conduzir as baquetas), que nada mais é que uma free form independente, na interação da bateria com os demais instrumentos, tais como guitarra e teclados.