terça-feira, julho 19, 2011

The Greatest Rock Drummers of all times!! Top Ten!!

Disposição, fôlego, preparo físico, coordenação motora, muito estudo e treinamento são ingredientes básicos, entre outros, para se tornar um grande baterista. E se aliado a tudo isso o músico tiver também "ouvido", quem é músco sabe do que estou falando, e logicamente, o dom, a vocação, o talento para o instrumento, aí então ele poderá ser encontrado facilmente na relação que criamos.

Na lista abaixo dos melhores bateristas de rock de todos os tempos, tentamos fazer a melhor seleção possível, dentro da limitação da escolha de apenas 10 excepcionais músicos, e seguindo o padrão do Cameleone Rock Blog, isto é, dentro do Classic Rock.
Espero que curtam a breve biografia e/ou curiosidade que acompanha cada um destes, e por favor, sintam-se a vontade para acrescentar algo ou discordar dentro do campo comentários, ok. Segue então os escolhidos, sem ordem de preferência: 
   

Keith Moon (Nascido Keith John Moon - B.23'Aug46 D.07'Sep78)

Moon the loon (Moon o lunático), era como o viam, porém atrás do seu kit de bateria, tratava-se de um conceituado músico que comandou as baquetas do lendário The Who por 14 anos (64-78), influenciando muita gente por sua forma inovadora, expressiva e voraz de tocar, soando as vezes, meio que de improviso (com suas viradas quebradas), ou até mesmo teatral (fazendo caras e caretas).
Ganhou notoriedade também por suas "peripécias" fora do palco, levando ao extremo suas brincadeiras, como destruir quartos de hotel, jogar televisores pela janela, e dizem, até mesmo jogar um carro dentro da piscina. 
Moon e Townshend: dupla do barulho.
Em seus primórdios no Who, Moon, tinha no guitarrista Pete Townshend seu parceiro ideal nas "arruaças" de palco, onde ao final das apresentações, por muitas vezes, quebravam tudo o que viam pela frente, incluindo seus próprios instrumentos musicais, amplificadores, etc.


Em 1966, Participou da gravação da clássica faixa Beck's Bolero, do  álbum de Jeff Beck, que contou também com os futuros Led Zeppelin, Jimmy Page e John Paul Jones.
A propósito, é creditado a Moon ter sugerido o nome Zeppelim de chumbo a banda que Jimmy Page estava prestes a nominar.   

Ian Paice (Nascido Ian Anderson Paice - B.29'Jun48)

Único remanescente da formação original do Deep Purple, consequentemente, único músico a participar de todos os álbuns e gravações do DP (desde 1968), Ian Paice é um baterista canhoto e um "motorzinho incansável" na maneira de tocar.
É famoso pela velocidade com que imprime no pedal de seu bumbo simples. 
Conta a história que para buscar um som mais robusto para a gravação da faixa Fireball, do álbum homônimo de 1971, Paice, apesar de perder em velocidade, procurou usar um bumbo duplo. O detalhe é que nos testes para se ter essa certeza, ele acabou pegando emprestado o bumbo duplo do baterista do The Who, Keith Moon, que coincidentemente estava no mesmo estúdio que o Purple.  
Para se apreciar, observar de perto a técnica deste grande músico, sugerimos, dentre outras, a audição da faixa The Mule, sendo que a versão do live Made In Japan (1972), onde em 6 minutos dos quase 10 de gravação, Paice mostra porque está entre os 10 mais de muita lista de fans e críticos musicais.  
Tocou também no Whitesnake e na Gary Moore Band, justamente no período em que o DP  esteve parado (76-84). Fez parte também do projeto Paice, Ashton & Lord. 


Neil Peart (Nascido Neal Ellwood Peart - B.12'Sep52)

Simplesmente genial. Este fan do lendário baterista de jazz Buddy Rich, há quase 40 anos é o letrista e baterista do power trio canadense Rush.
Peart, por críticos, músicos e fans, é considerado um dos melhores de todos os tempos. Tem em seu currículo diversas premiações pela conceituada revista Modern Drummer. 
Além da bateria acústica e das diversas modalidades de percussão, Peart também tem amplo domínio da bateria eletrônica, que foi incoporada ao som do Rush em meados dos anos 80. 

Normalmente nos concertos do Rush, Peart se apresenta com um kit de bateria de 360 graus, sendo metade acústica e metade eletrônica. 
Em todos os álbuns ao vivo do Rush é dedicado uma faixa para o seu tão esperado e criativo solo.   
Ele também é escritor, com alguns livros já lançados.

Carl Palmer (Nascido Carl Frederick Kendall Palmer - B.20'Mar50)

Impressionava pela façanha de conseguir acompanhar os solos complexos, eruditos, pirotécnicos, "quebrados" do tecladista Keith Emerson, seu colega no Emerson Lake and Palmer.
A propósito, praticamente fez seu debut live com o ELP, no lendário Festival da Ilha de Wight, em 1970, antes de lançarem o clássico álbum da pomba, o 1º deles.
Uma característica marcante, que começou ainda nos remotos tempos do ELP e que se mantém até os dias atuais, é a tradiconal combinação de repetições *tamborim-bumbo duplo* no final de cada solo, até virar-se para trás e encerrar sua performance batendo em um gongo chinês.

Tocou também no "Mundo louco" de Arthur Brown, com o Atomic Rooster e no começo dos anos 80, no super-grupo Asia. Também trabalhou com Mike Oldfield.
Esteve no Brasil ano passado com a sua Carl Palmer Band. 



Cozy Powell (Nascido Colin Flooks - B.29'Dec47 D.05'Apr98) 

Pesado e Versátil. Sendo objetivo, estas são as definicoes precisas para este saudoso músico, que fez parte de uma enormidade de grande bandas, e passeou por diversos estilos deixando literalmente sua marca seja no Jeff Beck Group, Bedlam, Rainbow, MSG (Michael Schenker Group), Whitesnake, ELP (Emerson Lake and Powell), Forcefield, Black sabbath, The Brian May Band etc.
Participou do longínquo festival da Ilha de Wight em 1970, fazendo parte da banda do músico Tony Joe White.
No Brasil, participou com o Whitesnake da 1ª edição do Rock in Rio, em 1985.  

Ginger Baker (Nascido Peter Edward Baker - B.19'Aug39)

Este batera septuagenário já virou lenda. Músico desde o final dos anos 50, quando tocava em bandas de jazz da inglaterra. É considerado um dos pioneros no uso do bumbo duplo no rock. Destaque para a música "Toad", do 1º álbum do Cream, Fresh Cream (1966), onde esbanja técnica num solo de mais de 05 minutos. A versão live desta faixa, que consta no Wheels of Fire (1968), também do Cream, nos contempla com 13 minutos de drum solo.
Além da "nata", onde fez fama, tocou também na Graham Bond Organization, no Blind Faith, na sua própria banda a Airforce, entre outros.


John 'Bonzo' Bonham (Nascido John Henry Bonham - B.31'May48 D.25'Sep80)



Fenômenal. Sempre lembrado em qualquer relação, lista, dos melhores bateristas de rock pesado de todos os tempos.
Foi o baterista do Led Zeppelin do seu começo, em 1968, ao fim, em 1980, com sua prematura morte. 
Tinha preferência por um tipo de baqueta diferente, mais pesada e longa, que ele chamava de trees (árvores). 
No seu famoso solo em Moby Dick, que vez ou outra, ao vivo, alcançava meia hora de perfomance, Bonham, usava as mãos para conseguir uma sonoridade diferente das baquetas, e por muitas vezes chegava a tirar sangue das mesmas, devido a brutalidade que usava para extrair som das caixas. 
Comenta-se que nunca frequentou aula/curso para tocar bateria.


Camine Appice (Nascido Carmine Appice - B.15'Dec46)

É considerado por muitos o pioneiro no quesito bateria pesada no rock, isso ainda em meados dos anos 60 quando integrava o Vanilla Fudge.
É creditado a ele outro pionerismo, por ter lançado em 1972 o livro The Realistic Rock Drum Method, uma espécie de passo-a-passo (métodos e exercícios), direcionado para o baterista que quer tocar este estilo. 
Quase 40 anos depois, o livro virou best-seller com mais de 300.000 exemplares vendidos, e agora também disponível no formato DVD. A revista Modern Drummer apontou o livro como um dos 25 melhores métodos de bateria de todos os tempos.
Emprestou sua habilidade também ao Cactus e ao Jeff Beck Group. 
Carmine é irmão de Vinnie Appice, ex-batera da Dio Band e do Black Sabbath.



Tony Williams (Nascido Anthony Tillmon Williams B.12'Dec45 D.23'Feb97)


Sua origem é o jazz de raiz. Devido ao seu enorme talento, foi selecionado ainda muito jovem, em 1963, para a banda do lendário jazzman e trompetista Miles Davis. Sem saber,Tony Williams, anos depois, estava tendo o privilégio de fazer parte do que seria chamado de "o segundo formidável quinteto de Miles Davis", que incluía além do próprio Miles, o saxofonista Wayne Shorter, o pianista Herbie Hancock, o contra-baixista Ron Carter, e claro, Tony Williams, além disso esta formação viria a ser a de maior durabilidade dos grupos de Miles Davis. Mas Williams queria mais e depois do aprendizado com Miles (deixou-o em 1969), veio formar a sua própria e pioneira banda fusion: a Lifetime.
A Lifetime originalmente foi um trio formado por Williams, pelo tecladista Larry Young e pelo guitarrista John McLaughlin e o som do grupo era calcado no jazz e no rock, isto é, na fusão dos dois gêneros, o que chamamos de fusion (jazz + rock). O álbum Emergency!, o 1º deles, é considerado o precursor do movimento, antes mesmo do Bitches Brew, de Miles Davis, lançado pouquíssimo tempo depois. Quando lançado, este 1º ábum da Lifetime foi severamente criticado pelos ouvintes de jazz, mas hoje é considerado um clássico do estilo.
Ainda sobre o debut da Lifetime, o álbum Emergency!, foi um dos muitos vinis que faziam a cabeça da Allman Brothers Band em 1969.
No ano seguinte, 1970, Jack Bruce é chamado para adicionar baixo e vocal as músicas do novo álbum Turn It Over. Depois disso outras incarnações vieram, inclusive, uma delas, com o fantástico e solicitado guitarrista da cena jazz/fusion/prog, Allan Holdsworth.


Mitch Mitchell (Nascido John Ronald Mitchell B.09'Jul47 D.12'Nov08)

Em 1966, segundo o produtor de Jimi Hendrix, na época o ex-baixista dos The Animals, Chas Chandler, Mitch Mitchell, foi escolhido no popular 'cara e coroa' para ser o baterista da Experience, após duelar na final com o também extraordinário Aynsley Dunbar. Tocou com Hendrix de Outubro de 66 até meados de 69, incluindo a participação no aclamado festival de Woodstock, em Agosto do mesmo ano. Um ano antes, em 68, fez parte da Dirt Mac Band, uma super banda montada exclusivamente para o filme dos Rolling Stones "Rock'n'Roll Circus" que incluía, além de Mitchell na bateria, Eric Clapton, Keith Richards e o casal Yoko Ono e John Lennon.
Mitchell fez parte também das gravações demo, para o disco de Miles Davis, Bitches Brew, considerado um divisor de águas no encontro do jazz com o rock, porém o músico não participou da versão final do renomado álbum.
Também é creditado a Mitchell o pioneirismo de um estilo que seria chamado de fusion (na maneira de conduzir as baquetas), que nada mais é que uma free form independente, na interação da bateria com os demais instrumentos, tais como guitarra e teclados.  

4 comentários:

Miss Y disse...

Só fera nesse Top Ten, é isso aí! Tony Willians destroça, O Powell humilhava! Mas... cadê o Bobby Caldwell, o Floyd Sneed, o Corky Lang, o Bernard Purdie... hein? rs

Grande abraço, que o verdadeiro Rock seja sempre lembrado dessa forma!

Cameleone Rock disse...

Olá, muito bem-vinda Miss Y!!

Pois é, nesse time só tem fera, infelizmente o espaço (10 escolhidos) foi curtíssimo para uma análise dos últimos 50 e poucos anos de rock e vertentes.

Também pensei no Laing, no Aynsley Dunbar, Jon Hiseman, Terry Bozzio, entre muitos outros..

Quem sabe, qq hora, não pinta uma nova seleção de bateristas ?!

Bj.

Carlos Costa disse...

Bernanrd Purdie... eu havia me esquecido desse grande batera. O famoso "purdie shuffle" ja embalou muitos tracks !!!!
Demais!!!

Cameleone Rock disse...

Grande Carlão, bem-vindo!!

Bernard "Pretty" Purdie, aqui no Brasil pelo menos não tem o reconhecimento que merece, apesar dos seus mais de 50 anos de carreira. Apenas lembrando, Bernard, tocou com os principais monstros do jazz, blues, rock, tipo, B.B. King, Aretha Franklin, George Benson, Miles Davis, Jeff Beck, James Brown, entre outros.