sábado, fevereiro 18, 2012

The Best Bass Players of Classic Rock - Top Ten!!

Olá pessoal!
No muito bem-vindo feriado prolongado de Carnaval, nada melhor que colocar um bolachão na vitrola, tirar a poeira da agulha e curtir um bom e velho rock'n'roll, não é mesmo?!

Enfim, o Cameleone estava devendo uma lista com os melhores contra-baixistas dentro do classic rock, e possivelmente o motivo para esta demora seja a dificuldade em somente citar 10 nomes dentro de um universo de excelentes instrumentistas, sendo assim, criamos um critério para estas nomeações, que foi considerar somente os músicos que surgiram no cenário musical das décadas de 60 e 70, sejam eles do heavy, psicodélico, hard, blues-rock, progressivo, fusion etc ..
A relação abaixo também não segue uma ordem tipo "do melhor ao 10º colocado", na verdade os apontados abaixo são os 10 melhores independente de colocação.
  
As escolhas se valeram nos músicos com maior técnica, habilidade, criação (obra) e influência. Vamos logo aos melhores: 

Geddy Lee (Nascido Gary Lee Weinrib - B.29'Jul53)
Se já não bastasse ser um dos maiores baixistas de rock de todos os tempos (inúmeras vezes premiado pela Guitar Player magazine, entre outras publicações), este extraordinário músico canadense é ainda o vocalista, tecladista (muitas das vezes com o próprio pé durante as apresentações) e compositor no lendário power trio Rush, onde há quase 40 anos, forma ao lado do baterista Neil Peart, umas das mais respeitadas, criativas e duradouras cozinhas do rock. 
Suas complexas linhas de baixo dão a impressão que ele está solando o tempo todo. Vale lembrar que ele faz tudo isso e canta ao mesmo tempo. Para quem não faz idéia do que ele é capaz, basta escutar, ou melhor, apreciar, sua performance (show à parte) em músicas como YYZ, La Villa Strangiato, Driven, Where's My Thing ?, Show Don't Tell, Freewill, Limbo, Leave That Thing Alone, Red Barchetta.. façam melhor, ouçam a obra completa do Rush.
Em 2000, durante um hiato nas gravações com o Rush, lançou seu primeiro e único álbum de carreira solo chamado My Favourite Headache. Destaque para a 1a. faixa, que dá nome ao álbum.
Esteve no Brasil com o Rush em duas oportunidades, em 2002 (quando da gravação do DVD Rush in Rio, no Maracanã) e em 2010.   
É prometido para 2012, mais um álbum de estúdio do Rush, intitulado Clockwork Angels.

John Entwistle (Nascido John Alec Entwistle - B.09'Oct44 - D.27'Jun02)
Lenda das 04 cordas, lembrado em toda e qualquer pesquisa como um dos mais influentes e inovadores baixistas, The Ox ou Thunderfingers, como era carinhosamente chamado no meio musical, foi baixista do The Who de 1964 à 2002 e construíu ao lado de Keith Moon não só uma simples seção rítmica, mas uma barreira sonora com espaço para improvisos em massa.
Um dos pontos altos (mais esperados) em suas apresentações com a banda era na clássica My Generation, onde Entwistle, da metade para o fim da música, exibia a sua conhecida técnica de usar os 04 dedos da mão direita de forma rápida e forte, criando meio que curtos solos em diversas passagens da canção.
Duas de suas mais famosas criações com o Who, onde também emprestou a voz, são as tracks Boris The Spider e My Wife, regularmente apresentadas, até a sua morte, em shows da banda.
Em 1990, com membro do The Who, Entwistle foi nomeado ao Rock'n'Roll of Fame. Em 2000, a Guitar Magazine, nomeou-o como o baixista do milênio, após enquete entre os leitores da revista. Em 2011, nova pesquisa, desta vez entre os leitores da Rolling Stone, e novo prêmio (também póstumo) para o músico, agora como o número 1 de todos os tempos entre os baixistas.

Chris Squire (Nascido Christopher Russell Edward Squire - B.04'Mar48)
Fish (peixe), como ele é chamado no meio musical, é simplesmente ou absolutamente o baixista dos baixistas no cenário prog rock. Ninguém tem mais a "cara" do progressivo do que ele. Desde 1968, isto é, há 44 anos ele é o 1º e único baixista da progressive rock band Yes.
Com o seu inconfundível Rickenbacker, palheta em punho e performáticas apresentações, Squire criou e vem criando diversas, literalmente, viagens, como por exemplo, só para ficar no álbum Fragile (1971), a clássica e longa Heart of the Sunrise, onde Squire exibe/expressa todo o seu talento; ou a curta e instrumental The Fish, escrita pelo próprio Squire e que vem a ser um solo do músico; ou ainda o definitivo hit deles, Roundabout, onde ficou imortalizado o rotundo e grave som de baixo extraído na gravação. Vale a pena também conferir um vídeo disponível no You Tube, de uma apresentação ao vivo do Yes, anos atrás, onde na canção On the Silent Wings of Freedom, do álbum Tormato (1978), Squire rouba a cena em um solo alucinante/contagiante/hipnotizante de pouco mais de 04 minutos, mas ainda assim impagável!
Outra peculiaridade do músico é o seu impressionante (enorme) contra-baixo de 03 braços, um triple necked bass, que ele o utiliza quando vai tocar ao vivo a música do Yes Awaken, do álbum Going For The One (1977).
Squire já esteve algumas vezes no Brasil, sempre em turnês com o Yes.

Jaco Pastorius (Nascido John Francis Anthony Pastorius III - B.01'Dec51 - D'21Sep87) 
Gênio, temperamental, inovador, polêmico, ousado, rebelde, autêntico.. misture todos esses adjetivos e você terá Jaco Pastorius, o virtuoso das 04 cordas. Apontado como o pioneiro do uso do baixo fretless (sem os trastes) no jazz. 
Durante 06 anos (76-82), além de paralelamente tocar a sua carreira solo e participar de álbuns de outros artistas (Ian Hunter, Joni Mitchell, Herbie Hancock), Pastorious, fez parte do fantástico combo fusion Weather Report, ao lado dos exímios músicos Joe zawinul e Wayne Shorter, e por lá executou seus fraseados repletos de notas e estruturas nada fáceis, muito improviso, além das tradicionais harmônicas.
Somente 04 baixistas se fazem presentes no hall of fame da conceituada publicação de jazz, a Downbeat, e um destes é Jaco, sendo que dos 04, ele é o único a manusear um baixo-elétrico.
Nos começo dos anos 80, Jaco deixa o WR e passa a se dedicar mais ao seu projeto Word of Mouth, porém na metade da década, após o uso constante de álcool e drogas, ele passa também a sofrer com os sintomas do distúrbio bipolar, tornando-o depressivo e agressivo, então em uma de suas crises, na porta de um bar em Fort Lauderdale, na Flórida, ele briga com os seguranças do local e é espancado, vindo a falecer devido as lesões, aos 35 anos. 
Jaco possui uma história um tanto curiosa com os seus 02 velhos Fender Jazz Basses de 1960 e 1962, sendo este último chamado por Jaco de "Bass of Doom", o tal que ele tirou os trastes. Ambos foram roubados em meados dos anos 80 e somente reapareceram muitos anos depois, inclusive um deles pertence hoje ao baixista do Metallica, Robert Trujillo.
É possível assistí-lo solando aqui no blog em um dos vídeos da sua Cameleone Rock.

Jack Bruce (Nascido John Symon Asher Bruce - B.14'May43)
The Ace of Bass ou o Ás do Baixo, Jack Bruce, foi provavelmente, dos selecionados aqui, o 1º a despontar/se destacar em clubes e bares na europa do início dos anos 60, e por conta disso é um dos mais aclamados e respeitados baixistas do rock e vertentes,  influência com certeza para todos os relacionados aqui nesta lista, e não só pela maneira de tocar, mas também pelo seu notável timbre vocal registrado por todas as bandas que passou em seus quase 50 anos de carreira.
Sua origem é o jazz. Quando adolescente ganhou uma bolsa de estudos no Royal Scottish Academy of Music and Drama, um conservatório onde estudou violoncelo  e composição musical. Já nesta época, JB se envolvia com bandas locais de jazz, o que causou sua desistência do conservatório, pois o ensino foi contra seu interesse por este tipo de música, mas Bruce preferiu ficar com o jazz.
JB, além do indiscutível domínio no baixo-elétrico, domina como poucos um contra-baixo acústico.
Bruce tem verdadeira adoração por trios (baixo-guitarra-bateria), pois vejam: Cream (Bruce, Eric Clapton e Ginger Baker), West Bruce and Laing, BLT (Bruce, Bill Lordan e Robin Trower), BBM (Bruce, Ginger Baker e Gary Moore).. só para ficar nestes. 
Para entender o motivo pelo qual este músico se faz presente nesta relação, escutem White Room, Politician, Spoonful, I Feel Free, Born Under a Bad Sign, Sunshine of Your Love.. todas músicas interpretadas ou de própria autoria do 1º power trio da história do rock, o Cream. 

John Paul Jones (Nascido John Baldwin - B.03'Jan46)
Costumeiramente rankeado, em publicações e pesquisas, como um dos maiores baixistas do rock, como por exemplo na enquete feita em 1977, entre os leitores da tradicional e já finada americana Creem Magazine, que o apontaram como o melhor do instrumento na época,  JPJ ou simplesmente Jonesy, seu apelido, fez história no Led Zeppelin (68-80) fazendo a marcação ao lado do "monstro" John Bonham e criando arrebatadoras bass lines para eternos clássicos como Dazed and Confused, Ramble On, Black Dog, The Lemon Song etc.
No começo de sua carreira, entre 1964 e 1968, ainda nos bastidores, notabilizou-se como um conceituado e extremamente requisitado músico de estúdio, trabalhando com importantes artistas, tais como: Rolling Stones, Donovan, Cat Stevens, Herman's Hermits, entre muitos outros.. 
JPJ, não limita seu conhecimento musical apenas ao contra-baixo mandando muito bem também em outros instrumentos como teclado, flauta, bandolin, auto-harpa, cítara, fora o seu famoso instrumento de 03 braços (guitarra tradicional, guitarra de 12 cordas e bandolin).
Em 2000, foi apontado como o 3º maior baixista do milênio, em pesquisa realizada entre os leitores da Guitar Magazine
No momento, em plena atividade, tem se dedicado ao Them Crooked Vultures, um super grupo formado pelo vocalista e guitarrista do Queen of the Stone Age, Josh Homme, e pelo antigo baterista do Nirvana e atual vocalista do Foo Fighters, Dave Grohl.
Lançaram seu 1º trabalho, álbum homônimo, em 2009.

Geezer Butler (Nascido Terence Michael Joseph - B.17'Jul49)
Lendário baixista e letrista da formação original e clássica do Black Sabbath. Considerados por muitos, sejam críticos musicais e fans, como o primero baixista ou o baixista-pai do heavy metal e hard rock. É creditado a Butler, um ferrenho fan de magia negra e ocultismo, o batismo da banda com o nome Black Sabbath, após ter escrito uma música de mesmo nome (homônima). Foi pioneiro no uso do wah-wah em seu instrumento, possível identificar este efeito na intrudução da clássica N.I.B.
Depois de largar o BS em meados dos anos 80, montou a sua Geezer Butler Band ou GZR, depois esteve na banda de Ozzy Osbourne, retornando ao Sabbath no começo dos anos 90, na reunião do lineup que produziu o petardo Mob Rules (ele, Tony Iommi, Ronnie James Dio e Vinnie Appice), bem como o registro Live Evil.
Nos últimos 20 anos, flutuou entre a sua GZR Band, participou do álbum Ozzmosis de Ozzy, bem como em reuniões com o Sabbath original e o da 2a. formação (mencionada acima), neste caso assumindo o de nome Heaven Hell. Depois da morte de Dio, em 2010, o projeto H'n'H foi deixado de lado.
Em 11/11/11, foi anunciado o retorno da formação original do Sabbath, porém em Janeiro o guitarrista Tony Iommi anunciou que primeiramente irá se tratar de um linfoma (cancêr), descoberto em estágio inicial, e no começo de Fevereiro, o baterista Bill Ward não concordou com as condições contratuais propostas para esta reunion e pulou fora do projeto. 
Geezer Butler esteve no Brasil, com o Black Sabbath, por 03 ocasiões: 1992, 1994 e 2009.

Tim Bogert (Nascido John Voorhis III - B.27'Aug44)
Veteraníssimo (com quase meio século de estrada) e versátil (tocou música psicodélica, hard, blues, heavy), tendo como eterno parceiro de cozinha (desde os anos 60) o cigano batera Carmine Appice, pois ambos estiveram juntos no Vanilla Fudge, Cactus, no trio BBA (Jeff Beck, Tim Bogert and Carmine Appice) e ainda no DBA (com o guitarrista Rick Derringer), a propósito, como forma de imortalizar essa lendária parceria, a dupla é considerada como uma das melhores seções rítmicas de todos os tempos dentro do rock.
Em 1970, integrando o Cactus, tocou no Isle of Wight Festival.
Por 18 anos (1981-1999) foi membro da aclamada faculdade de música Musicians Institute, em Los Angeles, CA.
Em 1999, como forma de reconhecimento por sua contrinuição ao longo dos anos a música, TB entrou para o Hollywood Rock Walk of Fame.
Nos últimos 10 anos tem se dividido nas resurreições do Vanilla Fudge e Cactus.

Felix Pappalardi (Nascido Felix A. Pappalardi Jr - B.30'Dec39 - D'17Apr83)
Ficou primeiramente conhecido como produtor do power trio de blues-rock Cream (Eric Clapton, Jack Bruce e Ginger Baker), onde produziu 03 álbuns da banda a partir do 2º deles, o clássico Disraeli Gears. Tamanha a sua importância/participação para moldar  o som do trio,  Pappalardi, foi considerado por Clapton, Bruce e Baker como o 4º membro da banda.
Após o fim do Cream, no final dos anos 60, Pappalardi se interessou em produzir o álbum de um jovem guitarrista chamado Leslie West. Desse encontro nasceria uma das mais importantes bandas de hard rock dos anos 70, o Mountain.
No Mountain, ele dividiu os vocais com West. Participou do longínquo festival de Woodstock em 1969 e deixou 06 registros com a banda (04 de estúdio e 02 ao vivo).
Felix usava uma distorção em seu contra-baixo, extraindo um peso tal de seu instrumento, que por vezes confundia os fans, quando estes ouviam os long plays (vinis) da banda, pois não sabiam se era realmente o som de seu baixo ou o som da guitarra de Leslie West.
Infelizmente, Felix, por ciúmes, foi brutalmente assinado por sua mulher, Gail Collins, com um tiro no pescoço. Gail, além de esposa de Pappalardi, era sua colaboradora/parceira musical, pois co-escreveu songs para o Cream (Strange Brew, Clapton/Pappalardi/Collins), bem como para o Mountain (Don't Look Around, West/Palmer/Pappalardi/Collins), além de ter desenhado capas de alguns álbuns da Montanha (Climbing!, Nantucket Sleighride).

Mel Schacher (Nascido Mel Schacher  - B.04'Apr51)
Provavelmente muitos aqui de imediato não identificarão este nome como reconheceram os demais citados acima. A fera em questão trata-se do baixista original e da formação clássica do fundamental trio (depois quarteto) americano de hard-rock, Grand Funk Railroad. 
Seria injusto o Cameleone deixar de fora este músico inquieto, dinâmico, empolgante, com suas linhas de baixo sempre marcantes, presentes, destacadas, e porque não dizer, a cara do GFR. Impossível não reconhecer a distância aquele grave quase estourando os auto-falantes do som do carro, som de casa. 
O GFR da primeira metade da década de 70 se assemelha muito a uma banda de garagem, digo, aquele som bem cru mesmo (guitarra-baixo-bateria), a todo o volume, sem restrições para o instrumento X, Y ou Z. Diríamos no dito popular "o couro comendo solto".
Só para se ter idéia da popularidade do GFR, em 1971, os ingressos colocados a venda para o show deles no Shea Stadium, esgotaram-se em rápidas 72 horas, com isso eles quebraram, na época, o recorde que pertencia aos Beatles, que anos antes haviam levado mais de 03 dias para esgotar seus ingressos.
Confira a matadora participação de Mel Schacher nos seguintes petardos do GFR: Aimless Lady, People Let Stop The War, I Don't Have To Sing The Blues, e principalmente, I Come Tumblin' (reparem o solo dele nesta canção do clássico álbum da moeda, E Pluribus Funk), entre outras..

Até a próxima!

2 comentários:

Anônimo disse...

Vc gostar da banda nao quer dizer que o cara seja um dos 10 melhores...quer sugestões?

Cameleone Rock disse...

Anônimo, obrigado por seu comentário!

Verdade, não usei desse critério para listar os 10 mais, dentro do possível selecionei os 10 foras-de-série do instrumento, músicos que não se limitam a marcação/acompanhamento, músicos que fazem das linhas de baixo, linhas complexas, quase como que solando, músicos de jazz tocando contra-baixo elétrico sem trates (Jaco), músicos de rock que tocam contra-baixo acústico (Jack Bruce), enfim, virtuoses do instrumento.

Abs!